sexta-feira, 30 de abril de 2010

Conspiração

Acho impressionante! Sempre que tenho um problema e começo a resolvê-lo... aparecem mais uns 10.
É algo que nunca tem folga. Parece que eles sempre estão a espreita esperando o momento perfeito para atacar: aquele momento em que estou mais vulnerável.

Me sinto cansada de lutar. Contra mim mesma e meus fantasmas e, além de tudo, contra a incompreensão alheia.
É até engraçado ver a incapacidade das pessoas de entender o mundo do próximo. O egoísmo chega a ser tão extremo, que vejo pessoas amigas desejando que alguém ouça seus problemas e mostre uma solução rápida (que não vai ser seguida) mas, ao mesmo tempo, não querendo ouvir.

Nesse momento me lembro da frase da "música"(oração) do Fagner: Pois é dando, que se recebe.

O dia hoje foi complicado. Desde o minuto que acordei até agora a pouco(18h), quando consegui chegar em casa.
Ando atrás de um psicólogo que atenda pela unimed, mas só ando conseguindo mais stress. Ligo diversas vezes e sempre prometem que irão retornar... e nada.
E, além de não terem memória ou não se importarem com futuros pacientes, aparentemente ainda há uma lista de espera gigante pelas desistências, para você ser encaixado.
Na minha opinião, acho que eles só querem te deixar mais doente pra você passar um tempão lá!

Não que meu dia interesse a alguém, mas o desabafo segura as pontas até minha consulta com o psiquiatra na segunda.

E lá vem mais um fim de semana. Por ser feriado, sem minha distração dos sábados, o francês.
E sem dinheiro pra sair.
E sem ter o que fazer.
E sem amigos para me divertir.
E sem um bom livro para ler.

E a vida continua complicada... ou será que eu que complico?

Dificuldades

Recentemente li uma frase pela internet que falava sobre a morte ser difícil, mas algo sobre como viver era mais difícil ainda.

Não lembro da frase exata, mas posso afirmar que, para mim, tem algo mais difícil. A convivência.

Às vezes tenho tantos problemas em "me fazer entender". Será que o problema está comigo? Não estou sabendo como falar, como me expressar?
Pode até ser, pra ser sincera. Mas não apenas isso.
Às vezes o problema está na forma como se é ouvido (e no egoísmo de quem ouve, claro).

De um modo geral, gosto muito de estudar as atitudes das pessoas, de tentar descobrir cada pequeno porquê atrás de todas as ações tomadas por alguém.
Mas às vezes é tão frustrante que sinto vontade de gritar ao mundo: a sua verdade não é universal.
É uma atitude simples: Considere os outros. Você não está sozinho no mundo.
Talvez suas palavras ou suas ações possam fazer mais mal à pessoa que as vai ouvir do que a você, se você simplesmente as engolir.
Nem tudo precisa ser dito.

Sabe, antes de entrar nessa fase problemática, eu era uma pessoa bem alegre. Acho que pendendo para a inocência.
Um louco no trânsito era alguém que poderia estar correndo para socorrer um familiar passando mal.
Hoje em dia, é mais um filho da puta no mundo.

E o mundo já está cheio deles...
Tá na hora de inovar.

A pior parte

Para mim, a pior parte de toda essa história, é quando fico sozinha durante a noite.
Quando o sono muitas vezes não vem, passo da cama pra rede, pro computador... da TV pra um filme qualquer, pra completa escuridão.

Nada.

A noite traz todos aqueles medos e todas as paranoias de uma forma mais poderosa. As dores voltam, o pensamento não cessa e todo o progresso feito durante o dia é destruído.
Não há nada (e especialmente ninguém) que consiga segurar o meu foco por tempo suficiente para que eu me desprenda de todo meu atual mundo problemático, nem que seja por 5 min.

Exceto escrever.
E o faço.
Com gosto, até.

Tenho uma paixão declarada pela leitura e pela escrita. Troco qualquer programa sábado à noite por um bom filme ou um bom livro, apesar de muitas vezes trocar tudo mesmo é pela TV, sob protesto interno.

Ainda vou ter dinheiro suficiente pra comprar o livro que quiser. Deixar os emprestados de lado, sabe...
Talvez ter uma pequena biblioteca... ou uma grande, também não acharia ruim.

Acho que me sinto sozinha porque muitas vezes, para mim, é complicado manter uma conversa com alguém que só quer falar sobre namorado, cabelo e roupa... nada disso me importa muito, apesar de saber que são essenciais.
Ou talvez seja apenas porque sou anti-social mesmo.
Mas não que eu me ache superior aos outros, longe disso. Ãs vezes eu só gostaria de achar algum amigo (não o namorado) que fosse mais parecido comigo. Pelo menos com interesses semelhantes.

Tomara que venha logo.

Pelo post, perdoem-me os burros, mas cultura, para mim, é fundamental.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Momentos...

A vida é feita de momentos, já diziam os grandes boêmios.
Pois (e digo e reafirmo), a depressão também!

Sempre há aqueles momentos em que aquela felicidade infantil volta, mesmo que seja por um curtíssimo período de tempo. E eu adoooooro a sensação que a acompanha: Nada pode me deter!
Mas também há aqueles momentos que você quer sair correndo... e pular janela abaixo? Não, de forma alguma! No meu caso, sempre acho que vai me acontecer algo e quero voar pro hospital.

Hospital? É... Depois de umas 5 visitas lá nos últimos 45 dias, ando me aquietando. Afinal, ninguém gosta de visitantes tão frequentes... imagina só: eu entro lá e correm pra colocar uma vassoura atrás da porta! (uma cena engraçada, no mínimo)
E também preciso pensar nas pessoas que me levam lá... (ai, carteira de motorista... por que me ignoras tanto?)

Prometo que hoje ainda irei atrás dessa carteira. Iniciar todo o processo... de novo.
Vai ser meu foco do dia... um problema a menos a resolver.

1 done / 9,999 to go.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Início

Pra que forma melhor de começar, do que logo depois que se recebe tal diagnóstico?

É, mas como se fosse uma surpresa muito grande ter ouvido isso da boca do psiquiatra. Enfim, com a vida que levo... sem falar que fui a ele por algum motivo, né.

Pra ser sincera, nem lembro qual motivo foi. Talvez esse constante medo de uma doença séria que criei desde que sofri um certo "erro de diagnóstico". Deixei de confiar nos médicos.
Ou talvez pra curar o medo de remédio que criei após ver meu avô hipocondríaco morrer de cirrose hepática depois de tanto tomá-los...

Talvez só pra conversar e deixar de me sentir tão sozinha.
Uma válvula de escape semanal. Infelizmente apenas semanal...
Geralmente saio de lá nas segundas uns 10 kg mais leve...

Na terça tenho 20 a mais.

Mas, como ele mesmo diz... uma coisa de cada vez. Um foco de cada vez...
Se misturar tudo, a coisa desanda!